Data de postagem: Aug 23, 2013 5:56:30 PM
DIA NACIONAL DO SUPERVISOR
(Zélia Helena Dendena*)
Vinte e dois de agosto
Dia de festas, e por que não
De reflexões sobre raízes e razões
Do nosso existir:
O que somos? Por que somos? Para que supervisores educacionais?
E como o seremos, eficientemente
Na complexidade circunstancial
Para o novo século?
Perguntas que um dia
Perturbaram colegas nossos
Levando-os a associarem-se nessa busca
De onde surgiu a ASSERS
Perguntas que brotam
De realidades pouco ou mal conhecidas
De ideais pouco ou mal discernidos
De objetivos pouco ou mal definidos
De recursos pouco ou mal carreados
De caminhos pouco ou mal traçados
Perguntas que
Inegavelmente perduram
Como desafio comum e incomensurável
A cada um de nós, pois
É o Homem que está em jogo, em especial
O Homem Brasileiro, considerando-se também
O Paulo do Morro
A Maria do Vale
A Zulma da Encosta
O Jari da Selva, e, consequentemente,
Sem esquecer, é claro,
Os destinos do Brasil no contexto
Internacional.
Incorpora-se ao questionamento
O espírito da lei aliado
Ao respaldo teórico das ciências sociais
De onde:
O especialista em supervisão é posto como
P “fermento da massa”
Cabendo-lhe ser:
Sol na compreensão e hierarquização
De valores humanos e sociais
Clarividência na adequação dos ideais
À infinitesimal gama de realidades
A serem modificadas
Força reguladora das “variáveis causais
Intermediárias e de resultado”, constantes
Do processo das mudanças desejadas
Analista permanente de situações
Inter-relacionadas a contextos gerais
E globais mais amplos e abrangentes.
Neste dia comemorativo cabe-nos o regozijo de sermos supervisores chamados e distinguidos, que fomos com esta missão de incomparável valor social. Profissão que exige vigília permanente sobre o crescimento pessoal e potencialidade criativa na solução de questões ordinárias e imprevisíveis do cotidiano. Esta é a exigência básica do objeto primeiro e último de nossa ação que é o Homem essencialmente constituído em liberdade ao qual nos cabe apontar caminhos alternativos da conquista existencial ao longo da vida. Nossa responsabilidade é grande. Todavia, encoraje-nos a esperança de que toda obra de vulto tem por base um projeto inicial levado a termo porque alguém acreditou nos resultados e confiou no poder da união de seus colaboradores. Assim devemos ser, individualmente. Assim se imponha, cada vez mais, a ASSERS e suas congêneres dentro e fora de seus limites associativistas e a cada aniversário que comemore no decurso de sua jornada.
*Nascida em Bento Gonçalves/RS, graduada em Filosofia pela UFRGS, Pedagogia pela UNISINUS, Pós-graduada em Administração de Sistemas Educacionais pela PUCRS, foi docente da PUCRS e do IPA, diretora do Centro Cultural Vila Sampaio em Viamão/RS, poetiza, Supervisora Escolar e sócia da ASSERS.